Porto de Galinhas é um destino de famílias e casais por excelência, mas a praia de Maracaípe é uma opção para quem quer fugir desse cenário
Porto de Galinhas (PE) tem praias paradisíacas, hotéis de primeira classe e consciência ecológica
Localizado a 70 quilômetros de Recife, em uma das partes das mais belas da costa brasileira, o balneário de Porto de Galinhas se tornou há tempos um dos principais destinos turísticos do litoral nordestino. Suas praias de areia branca, afinal, são um cartão-postal eloquente: cercadas, de um lado, por imensos coqueiros e, do outro, por um infinito mar verde-esmeralda, elas representam um destino ideal para pessoas que querem sossego, contato com a natureza e um pouco de hedonismo.
A previsão que dita a maioria dos passeios em Porto de Galinhas não é a do tempo, mas a das marés. Ensolarado durante todo o ano, o balneário fica ainda mais bonito quando, nos dias em que o mar recua, dezenas de arrecifes emergem das águas do oceano para formar piscinas naturais perfeitas para um mergulho.
A elas se chega a bordo de exóticas jangadas que, impulsionadas pelo vento, ajudam a refrescar os forasteiros do calor nordestino. Os turistas se deleitam: nadam nas águas cálidas das piscinas (sua temperatura média é, durante o dia, de 28° C), alimentam cardumes de peixes vorazes e, equipados com máscaras de mergulho, observam um pouco da vida marinha.
Ao sair da água, o visitante tem a opção de subir em um bugue e explorar, por terra, toda a orla da região: no passeio, que sai da praia de Muro Alto e vai até o Pontal de Maracaípe (os dois extremos de Porto de Galinhas), irá cruzar com florestas de coqueiros, ruas pacatas, áreas de manguezal, trilhas de areia e canteiros de obras de novos empreendimentos hoteleiros. Sim, Porto de Galinhas não para de crescer.
Trajetória
Situado dentro do município de Ipojuca, o balneário ganhou seu curioso nome por volta de 1850, quando o comércio de escravos já havia sido proibido no Brasil. “Tem galinha nova no porto!” era o que os traficantes gritavam quando aportavam na região com cargas ilegais de africanos. E os escravos, de fato, vinham escondidos em baixo de engradados de galinhas d´angola, cuja carne era muito apreciada pela nobreza brasileira.
Belo desde sempre, e já devidamente batizado como Porto de Galinhas, o local só viria a se desenvolver como destino turístico de primeira classe nos
anos 1980, quando ganhou seus primeiros grandes hotéis. O balneário, porém, sofreu um surto de cólera em 1992, o que abalou profundamente o movimento turístico na área.
Foi apenas alguns anos depois que alguns empresários locais se associaram ao governo pernambucano para divulgar Porto de Galinhas em escalas nacional e internacional. E o resto é história: em 2010, Porto de Galinhas recebeu mais de 528 mil visitantes e seu número de leitos deve chegar, até a Copa de 2014, a 17 mil (hoje são 13 mil leitos à disposição do turista).
Vale ressaltar que, apesar de os empreendimentos hoteleiros que não pararem de surgir no balneário, cimentando amplos terrenos na beira do mar, há uma preocupação crescente da população local com a natureza. Para proteger ninhos de tartarugas-marinhas, os passeios de bugue foram proibidos de passar sobre as areias das praias, e muitos hotéis não acendem mais seus refletores sobre a orla à noite, para não desnortear as tartarugas que saem dos ovos.
ONGs e o Ibama, por sua vez, têm treinado nativos para realizar passeios pelos mangues da região (onde se pode observar cavalos-marinhos e outras formas de vida) sem danificar a natureza.
Com opções de lazer bem mais diurnas que noturnas, Porto de Galinhas acabou por se tornar um destino muito procurado por casais e famílias em busca de paz. Mas o balneário também oferece boas oportunidades de diversão para um público mais descompromissado: abriga, por exemplo, animadas casas noturnas e praias onde se pode passar o dia inteiro surfando.
O período mais caro para visitar Porto de Galinhas é entre as festas de final de ano e o Carnaval, quando os preços das diárias chegam a subir quase 100%. Em compensação, maio, junho e agosto são meses de baixa procura, o que pode render descontos de até 50% nos quartos de hotel.
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