quarta-feira, 23 de abril de 2014

Amsterdã


Eduardo Vessoni/UOL
Entre um canal e outro, surge um pequeno pedaço da cidade que mais intriga os turistas, além de atrair jovens de todos os cantos: o Red Light District 

Amsterdã é exemplo de cidade evoluída

Para os tradicionais, um passeio de bicicleta por entre os mais de cem canais e milhares de pequenas pontes; para os agitados, uma vida noturna intensa e diversificada, reunindo pessoas de todos os cantos do mundo; para os culturais, museus de todos os tipos, de todos os gostos, se espalham pela cidade; para os mais curiosos, a possibilidade de experimentar legalmente liberdades restritas na maioria dos países; já os ecléticos podem aproveitar um pouco disso tudo e muito mais da capital holandesa, muitas vezes apontada como exemplo de sociedade evoluída.
Entre um canal e outro, surge um pequeno pedaço da cidade que mais intriga os turistas, além de atrair jovens de todos
os cantos. O Red Light District (em português, distrito da luz vermelha) é talvez o lugar mais liberal do mundo, tendo as ruas cercadas por pequenas vitrines onde mulheres tentam seduzir os milhares de turistas que passam pela região, 24 horas por dia. Lá, a prostituição é legalizada.
Também é pelo Red Light que pululam pelas esquinas os famosos coffeeshops. Para os desavisados, ao contrário do que o nome sugere, esse tipo de estabelecimento não utiliza o café como principal fonte de lucro. Lá é a maconha e o haxixe que predominam, sendo livremente comercializados em diversas variedades e potências, podendo ser consumidos internamente ou levados para uso em casa (máximo de 5 gramas). É proibido consumir na rua. Os fãs de formas de alterar a consciência também encontram seu lugar nos chamados head shops, que vendem diversos tipos de produtos e substâncias entorpecentes, sendo algumas alucinógenas, permitidas no país.
Mas a viagem por Amsterdã vai muito além dos limites da própria cabeça. A cidade também é o destino dos sonhos para os amantes das artes, abrigando mais de cinquenta museus sobre os mais variados assuntos: o Rijks, o Stedelijk e um dedicado a um dos principais pintores da história da humanidade, Van Gogh, e ainda a antiga casa de Rembrandt (que hoje abriga algumas de suas principais obras). Há também a casa em que morou Anne Frank antes de ser capturada pelo exército nazista — o local é um dos pontos mais visitados da cidade. É claro que, seguindo o clima de liberdade holandês, não faltam museus dedicados ao sexo e às drogas.
Atendendo ao gosto de todos os tipos de público, a cidade permanece pacata durante o ameno inverno, e efervescente durante o verão, sendo sempre propícia para uma boa caminhada, ou para um passeio com uma bicicleta alugada pelas ruas da cidade, sendo essas as melhores formas de conhecer a magia de Amsterdã. Sem pressa.

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