Estádio Moses Mabhida, ao fundo, visto da South Beach, uma das opções de praia de Durban, na África do Sul
Durban tem brisa fresca do Índico, cheiro de curry e uma das melhores energias da África do Sul
Assim que o visitante desembarca no aeroporto da cidade, logo lhe vem uma pergunta à cabeça: cadê a África que estava aqui? Durban, cidade litorânea a 588 km de Johannesburgo, foge a todas as imagens já divulgadas sobre a África do Sul.
Se a maior potência do país é o destino indispensável para compreender o que foram os anos de apartheid, Durban é o exemplo prático de que a democracia (pelo menos a cultural) voltou a ditar as regras naquele país do sul do continente africano.
Não é de hoje que essa cidade da província de Zwazulu-Natal, a terceira maior do país, tem mostrado seu talento para abrigar estrangeiros. Primeiro, foram os portugueses que, encabeçados pelo explorador Vasco da Gama, chamaram de Natal aquela região selvagem, em homenagem ao dia em que desembarcaram, em 1497, em uma baía do Índico.
Séculos mais tarde chegavam os bôeres, de origens holandesas e alemãs, que cruzavam o centro do país em busca de terras mais seguras, longe da colonização britânica que ameaçava os territórios já conquistados na região do Cabo.
No entanto, foi o século 19 que determinou a mais marcante influência sobre a cultura local. O crescimento das plantações de cana-de-açúcar na região exigia novos trabalhadores e os ingleses, que já dominavam parte do país, foram buscar a solução em outra de suas colônias: a Índia.
Mais do que receber mão-de-obra barata e colocar a cidade na lista do maior produtor de açúcar da África do Sul, a região assistiu a uma profunda transformação dos hábitos locais.
Considerada a maior concentração de indianos fora da Ásia, essa cidade de
Se a maior potência do país é o destino indispensável para compreender o que foram os anos de apartheid, Durban é o exemplo prático de que a democracia (pelo menos a cultural) voltou a ditar as regras naquele país do sul do continente africano.
Não é de hoje que essa cidade da província de Zwazulu-Natal, a terceira maior do país, tem mostrado seu talento para abrigar estrangeiros. Primeiro, foram os portugueses que, encabeçados pelo explorador Vasco da Gama, chamaram de Natal aquela região selvagem, em homenagem ao dia em que desembarcaram, em 1497, em uma baía do Índico.
Séculos mais tarde chegavam os bôeres, de origens holandesas e alemãs, que cruzavam o centro do país em busca de terras mais seguras, longe da colonização britânica que ameaçava os territórios já conquistados na região do Cabo.
No entanto, foi o século 19 que determinou a mais marcante influência sobre a cultura local. O crescimento das plantações de cana-de-açúcar na região exigia novos trabalhadores e os ingleses, que já dominavam parte do país, foram buscar a solução em outra de suas colônias: a Índia.
Mais do que receber mão-de-obra barata e colocar a cidade na lista do maior produtor de açúcar da África do Sul, a região assistiu a uma profunda transformação dos hábitos locais.
Considerada a maior concentração de indianos fora da Ásia, essa cidade de